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Mel de Abelhas Nativas de Boa Vista do Ramos tem delimitação de origem controlada

Município amazonense, junto com Maués e Barreirinha, já reúne requisitos para alcançar selo de Indicação Geográfica do produto
Por Bruno Tadeu
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Depois dos Queijos de Autazes e do Açaí de Codajás, chegou a vez do Mel de Abelhas Nativas de Boa Vista do Ramos definir em laudo a delimitação territorial para receber o selo de Indicação Geográfica (IG). São cerca de 300 famílias beneficiadas com a agregação de valor do produto amazonense, encontrado em condições únicas também em Maués e Barreirinha.

Iniciado em 2021, o trabalho de estruturação de origem controlada do mel contou com a parceria financeira do Sebrae Amazonas com a Prefeitura de Boa Vista do Ramos, a atuação da Cooperativa dos Criadores de Abelhas Indígenas da Amazonia (Coopmel), Ministério da Agricultura, Fórum Amazonense de Indicações Geográficas e Marcas Coletivas e Governo do Estado, através da Secretaria de Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável (Idam) e Agência de Defesa Agropecuária e Florestal (Adaf).

A assinatura do laudo de delimitação geográfica ocorreu na manhã de terça-feira, 27/9, em Boa Vista do Ramos, e contou com a participação do prefeito Eraldo Trindade, o presidente da Associação da IG, Arlindo Cadoso Neto e demais autoridades envolvidas. Durante o evento, também foi entregue para a Coopmel o Selo Arte aos méis produzidos pelas abelhas das espécies jandaíra e jupará, ambas sem ferrão.

Certificado de identidade e qualidade nacional de produtos artesanais, o Selo Arte permitirá à Coopmel a comercialização em todo o território brasileiro. E a primeira oportunidade acontecerá em outubro, na Feira do Empreendedor de São Paulo, quando a cooperativa e outras empresas do estado ocuparão um estande do Sebrae Amazonas no maior evento de empreendedorismo do Brasil.

Indicação Geográfica

A assinatura do laudo de delimitação de área é a última etapa do processo de estruturação do dossiê que será depositado em outubro no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). A autarquia do Governo Federal é responsável pela avaliação e concessão dos selos de indicação geográfica, que atualmente totalizam 93 no Brasil.

Atualmente, o Amazonas possui seis IGs: Farinha de Uarini, Peixes Ornamentais do Rio Negro, Abacaxi de Novo Remanso, Pirarucu de Mamirauá, Guaraná de Maués e Andirá-Marau (guaraná dos indígenas), cuja área contempla parte de municípios do leste amazonense e do Pará. Até dezembro de 2022, outras três indicações devem ser estabelecidas junto ao INPI: Queijos de Autazes, Açaí de Codajás e o Mel de Abelhas Nativas de Boa Vista do Ramos.

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