A cada 1 mil empregos gerados no Amazonas durante o primeiro semestre de 2022, 97 foram a partir de pequenos negócios. Esse saldo, que totalizou 14.927 novos postos de trabalho no período, foi o terceiro maior entre os estados brasileiros e destaca as micro e pequenas empresas (MPEs) como principal motor econômico do estado, responsável por 81% do saldo de novos empregos nos primeiros seis meses do ano.
Os dados constam no levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia. No Brasil, as MPEs foram responsáveis por 961.877 (72,1%) novas contratações no primeiro semestre.
Enquanto o país sofreu baixa de 8% no período, o Amazonas observou alta de 31% no saldo de pequenos negócios. O número tem relação direta com o impacto da segunda onda de casos da Covid-19 no início de 2021, que teve nítida interferência na abertura de novos negócios e fechamento de empresas.
No segmento, o setor de Serviços continua sendo a principal força geradora de empregos do Amazonas, assim como ocorre no pás. De janeiro a junho, foram 6.995 mil contratações. Os setores de Comércio e Construção se mantêm nas segundas e terceiras posições, com 3.184 e 2.365 empregos gerados respectivamente.
Agropecuária
Gilda Severino da Silva, 38, veio de Rondônia para o Amazonas em 2019, onde é agricultora em Iranduba. “A gente vive da horta e, graças a Deus, está tudo certo. Trabalho com maracujá, mexo muito com pimenta murupi, pepino, tudo um pouquinho”, disse ela, que faz parte um grupo no qual o estado também é destaque: donos de negócios que atuam na agropecuária.
A agricultora faz parte do grupo de 26% das pequenas empresas que trabalham no segmento. Em nível nacional, o Amazonas só está atrás do Pará e Rondônia, ambos com 28%. A informação é do Atlas dos Pequenos Negócios, também elaborado pelo Sebrae e baseada na PNAD Contínua, do IBGE.
No levantamento, o Amazonas reúne 31% dos donos de negócios no setor de Serviços, 24% no Comércio, 12% na Construção e 7% na Indústria.